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O final de Battlestar Galactica

Acabou… Mas a série é – inegavelmente – uma nova otima referência em termos de seriados de ficção científica, e ainda há muito deste universo pra ser explorado.

Emblema da Galactica Astronave de Combate

Demorei um bocado pra escrever isto aqui. Vários os motivos… Mas dá pra resumir assim: Eu não queria registrar por registrar o final de um seriado que esperei iniciar por tanto tempo e que acompanhei com tanta atenção.

Apollo e Starbuck na versão mais atual

A série clássica do final dos anos 70, foi obra de Glen A. Larson. O seu nome apareceu também nos créditos de vários outros enlatados consagrados que eu consumia décadas atrás: O Homem de Seis Milhões de Dolares, Super Máquina, Magnum, Buck Rogers no século 25, Maninal, Automan, etc. A nova série foi o resultado dos esforços de Ronald D. Moore em dar vida novamente à franquia setentista. Antes, ele esteve envolvido em alguns outros seriados que também acompanhei mais recentemente: Roswell, Star Trek: Voyager, Star Trek: Deep Space 9 e Star Trek: The Next Generation. Um par de currículos considerável, convenhamos.

Apollo e Starbuck na versão clássica

Pouca gente sabe, mas antes de Moore conseguir produzir este remake, Richard Hatch, o ator que interpretava o Capitão Apollo na série original e que depois ganhou um papel de relativo destaque no remake, havia tentado por anos – e sem sucesso – emplacar uma série com a astronave de combate: Battlestar Galactica: The Second Coming.

Não posso negar que desde a primeira vez em que lí algo falando sobre a possibilidade desta nova série acontecer, a minha memória da série clássica não parou de se revirar.


Comercial da Mini-Série de 2003.

E não foram poucas as vezes em que registrei links e pensamentos sobre este novo seriado.

  1. 2003, Março: Galactica.
  2. 2003, Dezembro: BSG: Reloaded.
  3. 2004, Agosto: A mini-série no TCP.
  4. 2005, Janeiro: BSG: Premiere.
  5. 2005, Maio: BSG: Quadrinhos.
  6. 2005, Agosto: BSG.
  7. 2005, Dezembro: Babylon 5 e Galactica.
  8. 2005, Dezembro: Battlestar Galactica.
  9. 2006, Novembro: Seriados e Sites.
  10. 2007, Janeiro: BSG Comic Book.
  11. 2007, Abril: All along the watchtower.
  12. 2007, Dezembro: We Were Centurions.
  13. 2008, Maio: BSG para PS2.

Via Starship Dimensions.

Os paralelos entre a trama da série original e a série “re-imaginada” são inevitáveis. A quantidade de elementos da série original (que só teve uma única temporada de 21 episódios) que apareceram na nova versão é mais que significativo.

O último salto da Galactica.

A série chegou ao final e vai fazer bastante falta. Gostei do final. Pra mim, fecha bem o conjunto. Claro, com toda certeza, há detalhes que ficaram dependurados, amarrados às pressas e sem muita costura. Mas, pra mim, tudo bem… Estou satisfeito. Há quem reclame do final escolhido para Starbuck e que “Deus Ex Machina” é coisa de roterista preguiçoso. Tudo bem, talvez seja mesmo um recurso de roteirista fraco, mas a verdade é que neste caso não se trata de nada “artificial, improvável ou introduzido repentinamente“.

O destino da Frota Colonial
O destino da frota colonial.

A premissa de um “3º poder” – ver o episódio War of the Gods da série clássica – colocando as coisas no eixos, conduzindo a humanidade em sua jornada já existia nos canones da série, sem falar de outros ‘detalhes’, como a dica divina para encontrar um caminho para a Terra.

A própria idéia de hibridos cylon-humanos já estava prevista desde o final da década de 70, só não foi posta em prática pois a série original sequer chegou a ter uma segunda temporada. Um ponto importante, como o destino de Starbuck, também já havia sido preparado na série Galactica 1980 bem como a introdução de Cylons com aparência humana.

O episódio The Return of Starbuck, último da série Galactica 1980, trouxe de volta o personagem que havia sumido da franquia desde o final da série clássica. E em um outro episódio (Wheel of Fire) que nunca chegou a ser filmado devido ao cancelamento da série, o “destino metafísico” de StarBuck já havia sido traçado. Tudo bem que a este spin off da série clássica foi um fiasco de mal recebida por público e crítica e que os fãs não considerem canônico o seu conteúdo, exceto este episódio, que fechou a primeira e única temporada.


By Your Command!

Claro, sempre teremos descontentes. Mas a série é – inegavelmente – uma nova otima referência em termos de seriados de ficção científica, e ainda há muito deste universo pra ser explorado. Logo em breve, teremos Caprica e pra matar um pouco a saudade, Battlestar Galactica: The Plan. O primeiro mostrará – 58 anos antes da queda das colônias – os conflitos entre a familia Adama e a familia Graystone, ainda no período que antecede a primeira guerra contra os Cylons. O segundo mostrará – sob a perspectiva do inimigo – os Cylons planejando os ataques vistos na mini-série e a conseqüênte destruição das 12 colônias. Pra quem gosta do seriado e quer entender melhor a timeline, um prato cheio. Obviamente, vou fazer o possível pra acompanhar de perto.

Uma Santa Seia com os Cylons?
Uma Santa Seia com os Cylons?

One reply on “O final de Battlestar Galactica”

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