E neste sábado passado, resolvemos fazer um “combo cinematográfico“. Fomos pro cinema e vimos dois filmes, parando apenas para jantar: The Wolverine (2013) e após o jantar, Pacific Rim (2013), este último em 3D e tudo mais…
The Wolverine é um bom filme pra quem lembra do quão ruim foi o filme anterior. Mas, pra quem se prende muito aos cânones da cronologia dos quadrinhos, a coisa pode azedar um pouco. Principalmente em se tratando do familiares da Mariko Yashida e própria origem do Samurai de Prata.
A aparição de Jean Grey como uma assombração/encosto nos sonhos do baixinho canadense eu considerei um pouco desnecessária. E a construção da relação do Logan com a Mariko – pelo menos pra mim que acompanhei a coisa pelos quadrinhos há algumas décadas – pareceu meio “corrido” demais. Mesmo assim, leva umas quatro cebolas em cinco, com facilidade. A cena pós créditos é muito, muito boa. Não saiam da sala de projeção sem ver isto, pois até ajuda a subir a “nota” do filme.
Pacific Rim, por sua vez, foi uma das coisas mais irritantes que já vi em uma sala de cinema. Até o momento em que parei de levar a coisa na seriedade e encarei como uma piada ruim e longa.
No filme, uma série de monstros no estilo “Godzilla” (!) (chamados de Kaiju, seguindo a tradição Japonesa.) vindos de uma dimensão paralela por um portal que se abriu nas profundezas do oceano pacífico (daí vem o nome do filme, Círculo de Fogo na versão Pt_Br). Para combater esta ameaça global, a humanidade deixa de lado suas diferenças pra construir robôs gigantes (Megazords (!), que no filme são Mechas, chamados de Jaegers (!)).
Comparar os Kaijus do filme com o Godzilla é uma sacanagem com o nanico clássico monstro Japonês. Na verdade, o próprio monstro de Cloverfield é menor que os monstros deste filme. Mas isto não nos salva de uma série de clichês e piadas bastante óbvias permeando um roteiro igualmente óbvio. É um filme violento demais para ser “censura livre“. Mas, ao mesmo tempo, é um filme bobo/estúpido demais para não ser… As estratégias de batalha e até mesmo as técnicas de luta dos Mechas fariam o Dr. Gori dar gargalhadas homéricas. É divertido, mas apenas se não for visto com “seriedade”. Vale umas duas cebolas e um quarto, em cinco.
Entre os dois filmes, The Wolverine vale muito mais o preço pago pelo ingresso que Pacific Rim, que eu poderia ter visto no Cine Torrent, sem culpa.