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Design e Teorias Cognitivas

Design e Teorias / Teorias e Design

Em minhas conversas mais despretensiosas com o amigo Hugo Cristo, termino me sentido compelido/provocado a (re)visitar alguns fundamentos… Dessa vez, Gibson, Norman, Maturana e Varela.

Tudo começa vendo este video e trocando ideias com ele, nos comentários:


Uma coisa, puxa outra coisa e assim vamos…

Que tal um quadro?


Categorias James J. Gibson Donald Norman Humberto Maturana Francisco Varela
Área Psicologia ecológica Design, Psicologia Cognitiva Biologia, Epistemologia, Cibernética Neurociência, Filosofia da mente
Conceitos Percepção direta, Affordances, Invariantes ambientais Usabilidade, Affordance (redefinido), Modelos mentais, Feedback Autopoiese, Cognição como ação, Observador, Linguagem como acoplamento estrutural Autopoiese, Enação, Cognição incorporada, Neurofenomenologia
Obras principais The Ecological Approach to Visual Perception (1979) The Design of Everyday Things (1988), Emotional Design De Máquinas e Seres Vivos (1972, com Varela) The Embodied Mind (1991), Principles of Biological Autonomy
Impactos Influenciou teorias de percepção e design; base para interação direta com o ambiente Referência em design centrado no usuário e ergonomia cognitiva Fundador da epistemologia biológica; crítica à objetividade científica Integra ciência cognitiva com fenomenologia; mente, corpo e mundo interligados
Aplicação Design de ambientes e interfaces que comunicam uso intuitivamente (ex: portas, objetos físicos) Criação de interfaces digitais intuitivas, design de produtos, UX/UI Educação sistêmica, comunicação não-violenta, terapia, epistemologia crítica Pesquisa em IA, práticas contemplativas, terapias integrativas, cognição encarnada

Como são configuram as relações entre eles? Gibson e Norman dialogam sobre percepção e ação, com Norman adaptando ideias de Gibson ao design de interfaces. Enquanto Maturana e Varela são mais voltados à epistemologia da cognição, e suas ideias oferecem uma crítica à visão tradicional de mente como processadora de informações. Todos, de algum modo, ajudam a romper com a ideia de que conhecer ou interagir com o mundo é apenas “representar” ou “interpretar” — e contribuem para uma visão situada, relacional e ecológica da cognição e da ação.

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